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O mais recente outlook económico da OCDE para 2025 traça um retrato multifacetado da economia global: moderado otimismo, crescimento contido, riscos persistentes e transformações estruturais que exigem adaptação de governos, empresas e famílias.
Neste artigo, analisamos os principais dados e tendências do relatório, com foco não apenas nas grandes cifras macroeconómicas, mas também nas suas implicações práticas no quotidiano e no que pode ser feito para se preparar.
A OCDE antecipa um crescimento global de aproximadamente 3% em 2025, uma ligeira aceleração em relação ao biénio anterior. Economias avançadas deverão crescer entre 1,5% e 2%, enquanto regiões emergentes como a Ásia-Pacífico lideram com valores acima de 5%.
O abrandamento da inflação e a estabilização das taxas de juro são boas notícias, mas o relatório sublinha riscos como a desaceleração na China, tensões geopolíticas e os impactos económicos da transição climática.
Fonte externa: [Relatório OECD Economic Outlook]
Depois de anos marcados por disrupções - pandemia, guerra, protecionismo - o comércio internacional tenta recuperar. A OCDE aponta um crescimento do comércio global de cerca de 2,5% em 2025. No entanto, as tensões comerciais entre grandes potências como EUA e China, instabilidade energética e legislação sobre dados e tecnologia continuarão a influenciar o mercado.
As empresas enfrentam novos desafios regulatórios e precisam adaptar-se a modelos mais resilientes e sustentáveis. Para os consumidores, isto pode significar preços mais elevados em setores como eletrónica, alimentos e transportes.
**União Europeia**: Crescimento lento mas positivo, com investimento digital e ecológico como catalisadores. A Alemanha lidera a recuperação, mas países como Portugal enfrentam desafios estruturais.
**Estados Unidos**: Continuação do crescimento com apoio do investimento público em infraestrutura, tecnologia e energia limpa. Inflação controlada e mercado de trabalho estável.
**China**: Ajustes estruturais para reduzir dependência das exportações. Crescimento moderado, mas vulnerável a choques externos e internos.
**América Latina**: Recuperação desigual. Brasil e México apresentam estabilidade, mas os níveis de investimento continuam baixos. A região precisa acelerar reformas.
Embora os relatórios económicos pareçam distantes, os seus efeitos são bem reais no orçamento familiar. A OCDE prevê que a inflação se mantenha entre 2,5% e 3% nas principais economias, o que continuará a afetar o poder de compra, especialmente em despesas fixas como alimentação, energia, habitação e educação.
A estabilização das taxas de juro pode aliviar créditos à habitação e consumo, mas os bancos continuam exigentes na concessão. O emprego deverá manter-se robusto, embora cada vez mais exigente em competências digitais e ecológicas.
Reavaliar o orçamento doméstico: Com inflação persistente, é essencial ajustar hábitos de consumo, renegociar contratos e reavaliar prioridades.
Investir em requalificação profissional: Cursos de curta duração, especializações e competências digitais tornam-se ativos estratégicos. A formação contínua é chave para garantir empregabilidade.
Criar uma reserva de emergência: A instabilidade global reforça a importância de um fundo de emergência que cubra entre 3 a 6 meses de despesas essenciais.
Reduzir dependência energética: Apostar em eletrodomésticos eficientes, isolamento térmico e hábitos sustentáveis ajuda a reduzir contas e preparar o futuro.
Acompanhar políticas públicas: Subsídios como o Cheque-Formação +Digital (Portugal) podem reduzir custos em formação e transição de carreira.
Link útil: [Plataforma de Formação Financiada - IEFP]
"Os bancos centrais devem continuar a sua política cautelosa em 2025, mesmo com inflação a recuar. A prioridade será manter a estabilidade sem travar o crescimento" (Laurence Boone, ex-economista-chefe da OCDE).
"É fundamental que as famílias apostem em resiliência: literacia financeira, planeamento e educação serão os pilares da estabilidade nos próximos anos" (Helena André, diretora da OIT em Lisboa).
O Outlook da OCDE não prevê uma crise iminente — mas alerta para um mundo mais complexo, onde crescimento e bem-estar exigem preparação, adaptação e visão de longo prazo. Para as famílias, isto traduz-se em escolhas práticas que aumentem a estabilidade e criem oportunidades: da requalificação à poupança, da literacia digital à participação ativa em decisões económicas.
Formar-se, planear e adaptar-se são as palavras de ordem para 2025. Porque o futuro não é só o que vem — é o que cada um de nós constrói.