PLANO DE TREINO
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Não há nada como viajar sem pressa, sentindo que cada passo faz bem não só a nós, mas também ao planeta. Em 2025, isso já não é só uma ideia bonita: as viagens sustentáveis deixaram de ser tendência alternativa e estão a tornar-se a escolha principal de quem quer explorar o mundo de forma consciente.
Viajar já não é apenas “ir ver lugares”. É também sobre como chegamos lá, o impacto que deixamos e a forma como cuidamos do corpo e da mente pelo caminho. Afinal, não é isso que também procuramos no treino - equilíbrio, energia e bem-estar?
Viajar de forma sustentável não significa abdicar do conforto nem entrar em modo sobrevivência. Pelo contrário: é escolher destinos, transportes e experiências que respeitam o ambiente e as comunidades locais.
Algumas ideias simples tornam tudo mais concreto:
Segundo o Booking.com, em 2023, 76% dos viajantes globais mostraram interesse em adotar práticas mais sustentáveis nas férias. Não é só uma moda passageira. É uma mudança real de mentalidade. E acredita: viajar assim pode ser muito mais enriquecedor, tanto para ti quanto para o planeta.
Nos últimos anos, cidades como Veneza, Barcelona ou Amesterdão tornaram-se exemplos de overtourism: ruas congestionadas, rendas disparadas para os habitantes locais, lixo acumulado, degradação do património… O turismo sustentável surge como resposta: é sobre descentralizar fluxos, valorizar destinos alternativos e dar prioridade à qualidade em vez da quantidade. A ideia não é parar de viajar, mas viajar melhor, com mais consciência e equilíbrio.
As escolhas estão a evoluir, e as tendências para este ano mostram bem isso:
Slow travel – viajar devagar, de comboio, bicicleta ou caminhadas. Transformar o caminho em parte da experiência e desligar do piloto automático.
Detour destinations – sair dos circuitos de massa e descobrir vilas, cidades e reservas menos exploradas, onde o contacto é genuíno.
Noctourism – destinos com céus limpos para contemplar estrelas, auroras boreais ou reservas Dark Sky. Um verdadeiro spa natural para a mente.
Bem-estar + natureza – retiros de yoga, surf camps sustentáveis, trilhos e caminhadas. Uma forma de viajar que também cuida do corpo.
Turismo regenerativo – ir além de “não causar impacto”: contribuir ativamente para regenerar ecossistemas, plantar árvores ou apoiar projetos locais.
Se há país que inspira calma, é o Butão. O único país carbono-negativo do mundo que mede a sua riqueza pela Felicidade Interna Bruta e não pelo PIB. Com a política High-Value, Low-Impact, limita o turismo em massa, garantindo experiências profundas: caminhadas pelos Himalaias, templos budistas e uma ligação espiritual rara. Menos é mais, e lá sente-se isso em cada passo.
Paisagens de deserto e savana combinam com turismo de conservação. Safáris sustentáveis permitem observar elefantes, rinocerontes e leões, sabendo que parte da receita vai diretamente para as comunidades locais. Viajar aqui é literalmente investir no futuro, apoias espécies ameaçadas enquanto fortaleces pessoas. Tem algo melhor?
Fora do circuito Tóquio–Quioto, o Japão rural guarda joias como Shirakawa-go. Casas tradicionais, agricultura comunitária e trilhos em montanhas intocadas mostram um lado mais calmo do país. Dormir numa pousada familiar, provar legumes cultivados no quintal e aprender técnicas ancestrais de preservação cultural torna a experiência simples, rica e memorável.
As nossas ilhas são exemplo europeu de turismo sustentável: observação de baleias, trilhos por crateras vulcânicas, mergulhos em águas cristalinas e gastronomia local combinam natureza e autenticidade. Não é à toa que já receberam distinções internacionais pelo compromisso com a sustentabilidade.
Pioneira no ecoturismo, a Costa Rica tem mais de 25% do território protegido por parques e reservas naturais. Surf, trilhos de bicicleta, caminhadas na selva e yoga em cabanas abertas para a floresta tornam o país perfeito para movimento e bem-estar. Com energias renováveis e biodiversidade, cada viagem aqui é uma verdadeira experiência de conexão com a natureza.
Em 2022, o turismo representou pouco mais de 15% do PIB nacional, e a aposta em sustentabilidade é cada vez mais clara. Além dos Açores, a Costa Vicentina, o Alentejo interior e regiões de montanha como a Serra da Estrela ganham destaque em guias internacionais de viagens eco-friendly.
Projetos como a Estratégia Turismo 2027 (ET2027) estabelecem metas concretas: reduzir plásticos, aumentar eficiência energética e promover destinos menos massificados. Para quem procura bem-estar aliado à natureza, há cada vez mais opções à distância de um fim de semana.
Academias e retiros de fitness estão a apostar na sustentabilidade:
Estas vivências permitem relaxar, cuidar do corpo e ainda sentir-se parte da preservação ambiental. Puro relax!
O futuro do turismo também passa pela tecnologia:
Viajar de forma sustentável conecta-se diretamente com quem valoriza saúde e atividade física. Destinos ligados à natureza oferecem caminhadas, surf, mergulho, trilhos de bicicleta e yoga ao ar livre. É como prolongar a sensação de treino e autocuidado, mas em cenários que inspiram e relaxam.
Estudos mostram que estar em ambientes naturais reduz o stress, melhora a qualidade do sono e aumenta a sensação de vitalidade. Viajar de forma consciente cuida do planeta e de ti - vitória dupla!
Pequenas escolhas já fazem diferença:
Viajar de forma consciente não é só pensar no ambiente, é também sobre pessoas. Ao ficar numa pousada local ou provar comida caseira feita pela dona Maria da aldeia, crias laços, apoias economias locais e vives experiências autênticas. Não se trata só de “tirar menos do planeta”, mas de “dar mais às pessoas”. São estas histórias que tornam uma viagem memorável.
Viajar de forma sustentável em 2025 não significa abrir mão de conforto ou aventura. Pelo contrário, é descobrir o mundo de forma mais autêntica, saudável e consciente. Alinhar viagens eco-friendly com bem-estar físico e mental transforma férias em experiências que deixam marcas positivas.
Talvez o próximo destino da tua lista já esteja entre os mais eco-friendly do mundo… já pensaste nisto?